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Miles de personas en el mundo han recuperado la alegría y el encanto de la vida.

Talleres de Oración y Vida

Padre Ignacio Larrañaga

Milhares de pessoas têm recuperado
a alegria e o encanto da vida.

Oficinas de Oração e Vida

Frei Ignacio Larrañaga

Desaparecer

Eis aqui uma palavra mal usada e pior entendida, e que necessita um esclarecimento.

Como sabem, minha obsessão, desde certa época de minha vida, foi a humildade, fonte de todo bem. Sempre pensei que o  Evangelho se reduz a estas duas palavras: humildade e amor. Mais  ainda, não pode haver amor sem humildade e onde há humildade, ali está o amor.

Para o que se esvazia de si mesmo, não existe temor e onde não há temor, não há guerra; e onde não há guerra, há paz. Se nos esvaziarmos das ilusões e quimeras do “eu”, sentiremos o mesmo alívio que quando desaparece uma febre alta.

Nada de dentro, nada de fora poderá perturbar a serenidade daquele que se liberta do “eu”. Desprendido de si, liberto das ataduras do “eu” o coração pobre e humilde entra resolutamente no seio profundo da liberdade. Então não se incomoda mais com o que os outros pensam ou falam. Move-se no mundo dos acontecimentos, mas sua morada está no Reino da Paz.

Não tem o que defender, porque nada possui e trata os outros com a mesma consideração com que trata a si mesmo. Este ideal de humildade me fez empreender um programa áspero, mas libertador: não dar satisfações ao “eu”, não se defender, não justificar-se, não buscar elogios, não falar de si, não se esforçar para que todos me conheçam e reconheçam, fugir dos aplausos, voar para o país do esquecimento, DESAPARECER…

Muita gente entende que desaparecer é que não me vejam, não aparecer, fugir dos aplausos, como se eu não existisse neste mundo, que ninguém saiba de mim, passar pelo mundo como se não existíssemos, como se nossa pessoa e nossa obra fossem uma sombra fugidia que se desvanece, que ninguém saiba o que eu faço, que nossa obra seja tão silenciosa que passe completamente despercebida, ser silencioso, ser escuridão, ser anonimato…

Desaparecer não é nada disso.

Desaparecer é se organizar profissionalmente para conseguir os melhores resultados, utilizar os meios de difusão mais eficazes como televisão, rádio, imprensa, internet… para que nossa obra seja mais conhecida e divulgada, lutar com decisão para que a Oficina consiga o maior número de participantes e tenha os melhores resultados, transmitir por rádios textos de nossa obra, organizar excelentes programas de promoção e propaganda para divulgá-los pelo maior número de emissoras.

Mas…

Sem apropriar-se, esvaziando-se inteiramente de si mesmos sem se importar com os resultados, mas ao contrário, abandonando-os nas mãos do Pai; extinguindo permanentemente a chama do “eu”, esquecendo-se de si mesmo, retificando constantemente as intenções, nada para mim, tudo para a glória de Deus e o bem dos irmãos, renunciar a imagem ilusória de si mesmo, nunca dar satisfações ao “eu”, não se justificar, nem se defender, não dar explicações para ficar bem, não mendigar elogios, fazer o bem aos que lhe fazem mal, perdoar, compreender… O que sentia Jesus ao dizer: “não me importa o meu prestigio, mas a glória do meu Pai?” O que sentia ao dizer: “Tem que se negar a si mesmo?” O que sentiria ao dizer: “ quem odeia sua vida a ganhará”? E ao dizer: “negue-se a si mesmo”.

Todo este conjunto de atitudes aparentemente contraditórios, isto é desaparecer.

Extraído da Carta Circular N. 22 de Frei Ignacio Larrañaga